29/10/2007

Às vezes gosto de imaginar que sou poeta

Psycho Killer
Rasga a carne orgásmicamente, o pequeno psicopata.
De lâmina pontiaguda e água na boca,
Atrai inocentes vitimas com sua forte omoplata,
E na luz vermelha vê o sangue esguichar.

Em lascívia ribombante solta os gritos selvagens
Presos em sua ânsia traqueal de matar.
Como maestro em composição define as margens
E inicia sua cortante catarse visceral.

Ah, a carne a ser perfurada, o som do sangue a gotejar.
Ah, os gritos dados no expoente do desesperante.
Ah, a humanidade em seu supremo enrodilhar. Ah matar, matar!
Matar em ímpeto insano, fulgor delirante.

Carniceiro, desditoso em lucidez, é sedento em se capitular,
Ao sensual render do aprazível ceifar.
De mãos firmes em sua enamorada lâmina, corre sequioso.
Faz carnificina em campos sombrios, pelas próximas vítimas ansioso.

À luz lunática das velas, iguaria prepara, horripilante repasto,
Com cheiro a queimado, prepara menu intestinal, hoje está bem vasto.
Por fim lambe os dedos em derradeiro canibalismo,
E de barriga cheia parte para novo deliciado tantrismo.

Um comentário:

Leaven disse...

Já tinha lido.
Já tinha gostado.
Hoje não voltei a ler, mas gosto à mesma.