12/07/2007

Cyril berthault-jacquier



Vísceras suculentas enrodilhadas numa absolutividade de dúvida e estranheza por não reconhecer o meu ser carnal. A insanidade lança dúvidas sobre o que sou e o que digo, a motivação do pensamento e o porquê de mim. Esmurra-me a cabeça num grito de loucura que não consigo controlar, que ganha energia e explode. Já não sei nada. Quanto mais as vozes se erguem num cântico de exaltação ao existencialismo mais a capa de veias e musculos e ossos vai perdendo o controle. É a inveja a rasgar-me a pele, a incerteza a prepetuar as verdades outrora inquestionáveis. O pensamento surge e salta como bailarinos numa frenética dança, em que a compreensão e transposição não conseguem acompanhar o riso demente e olhos estrábicos. Sombras de esquizofrenia espreitam, aguardando pela abertura do pano, para por fim realizarem o derradeiro espetáculo, onde nada será o mesmo. Já não sei quem sou. O espelho tornou-se num precipicío de demência em que não me reconheço. As palavras não chegam para descrever o abismo

2 comentários:

Anônimo disse...

Nem mais!

As tuas palvras são o reflexo de várias realidades. O abismo é recíproco.

Beijito**

Luisa disse...

Palavras fortes...



gostei. (: